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STJ lança IA própria e Herman Benjamin destaca proteção de dados: “Não vendemos informações, nem queremos que elas sejam canibalizadas”

jurinews.com.br

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O Superior Tribunal de Justiça lançou nesta terça-feira (11) o STJ Logos, motor de inteligência artificial generativa desenvolvido internamente para auxiliar na análise de admissibilidade de recursos, gerar relatórios de decisões e fornecer informações e jurisprudência aos gabinetes.

Durante a cerimônia de apresentação da ferramenta, o presidente do tribunal, ministro Herman Benjamin, destacou a importância do investimento em tecnologia própria para evitar que o Judiciário brasileiro se torne dependente de empresas do setor. Segundo ele, o sistema foi criado com padrões de proteção de dados e integridade das informações processuais, seguindo diretrizes do Conselho Nacional de Justiça e normas internacionais de segurança.

“O Judiciário não é barriga de aluguel de ninguém. Nós não vendemos informações, nem queremos que elas sejam canibalizadas”, afirmou.

O ministro alertou para os riscos do uso de plataformas externas, que poderiam explorar o acervo processual do tribunal sem custos e, posteriormente, tornar o próprio STJ dispensável. “Se contratássemos um serviço externo, nem precisaríamos pagar: ele seria grátis, mas estaria aprendendo com o nosso gigantesco acervo de informações e, em determinado momento, poderia até nos descartar, porque não seríamos mais úteis”, disse.

Benjamin ressaltou que o STJ tem sob sua guarda centenas de milhões de páginas de documentos e julgou mais de 500 mil processos apenas em 2024. “Essa é a beleza política dessa iniciativa do STJ, porque nós desenvolvemos o sistema e temos um controle que não digo que é absoluto — porque nada é —, mas o máximo possível. Ninguém vai canibalizar as informações do STJ e do povo brasileiro”, concluiu.

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