O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estuda lançar uma campanha de combate às fake news focada em eleitores com idade superior a 60 anos. A avaliação é de que há uma vulnerabilidade dessa faixa etária em relação à desinformação.
A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, deve apoiar uma iniciativa que vem sendo encampada pelo Instituto Palavra Aberta em parceria com as plataformas digitais. Haverá uma reunião sobre o assunto nesta quinta-feira.
O Instituto está finalizando um projeto que reúne influenciadores digitais da terceira idade. Como a campanha foi bem-sucedida nas eleições gerais de 2022, com mais de 700 mil visualizações, o modelo deve ser replicado no pleito municipal deste ano.
O objetivo é dar aos idosos o chamado “letramento digital” e alertá-los para a necessidade de cautela no compartilhamento virtual de textos, imagens e links que possam ter conteúdo falso ou conspiratório.
A campanha busca afastar a atuação dos chamados “tios do Zap”, uma referência alegórica aos parentes mais velhos que, por meio do WhatsApp, disseminam boatos sem conexão com a realidade.
Inicialmente, a ideia é que o Instituto Palavra Aberta – que já é parceiro do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde) – produza o conteúdo e o TSE divulgue em seus canais oficiais.
Em 2022, o número de eleitores com mais de 70 anos, cujo voto não é obrigatório, foi de 14 milhões de pessoas – um aumento de 24% em relação ao pleito de 2018. O TSE ainda está traçando o perfil do eleitorado em 2024.