Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiram continuar despachando, durante o recesso do Poder Judiciário, em processos que consideram sensíveis. Mesmo de férias, Dino vai se dedicar aos casos sobre o imbróglio das emendas parlamentares e ações dapauta ambiental. Zanin, por sua vez, optou por não terceirizar a tomada de decisões sobre as investigações de venda de sentenças.
O recesso começa na sexta-feira (20). Normalmente, nesse período que vai até 1º de fevereiro, o STF funciona em esquema de plantão, em que o presidente ou o vice da Corte ficam responsáveis por despachar, no lugar do relator original, em processos que forem considerados urgentes.
Nos últimos tempos, porém, com o aumento de volume de casos importantes e a facilidade de despachar de maneira virtual, muitos ministros têm optado por continuar atuando em parte do acervo ou em todos os processos de maneira remota durante o recesso.
O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, é um que não abre mão de despachar em todos os processos de sua relatoria. Ele é responsável por inquéritos polêmicos, como o que investiga a tentativa de golpe de Estado para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continuasse no Poder. Também vão trabalhar de maneira integral nas férias André Mendonça, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, vai dividir o período de plantão com o seu vice, Edson Fachin, que será o responsável por responder pela Corte entre os dias 1 a 19 de janeiro.