O ministro Dias Toffoli decidiu nesta terça-feira (23) que duas ações referentes ao caso Tacla Duran, que estão em tramitação na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, devem ser suspensas e encaminhadas ao STF (Supremo Tribunal Federal).
O ministro reafirmou a decisão tomada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou do cargo na Corte no mês passado. Toffoli destacou que aparentemente a determinação de suspender os processos não foi cumprida.
Tacla Duran atuou como advogado da Odebrecht entre 2011 e 2016 e foi acusado pela Operação Lava Jato de movimentar R$ 95 milhões em benefício da empreiteira, além de lavar pelo menos R$ 50 milhões por meio de suas empresas.
Na época, Duran mencionou os nomes do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR) e do ex-procurador e deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), alegando ter sido vítima de uma extorsão.
Devido à menção aos nomes de Moro e Dallagnol, o juiz Eduardo Appio encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal.
Em 2019, Duran afirmou ao colunista Jamil Chade, do UOL, que “pagou para evitar ser preso” e relatou uma tentativa de extorsão no valor de US$ 5 milhões.
Ele também revelou ter realizado o pagamento da primeira parcela desse montante, mas se recusou a pagar o restante e fugiu para a Espanha.