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Ministério Público vai investigar promotor que denunciou Haddad e pode cassar sua aposentadoria

jurinews.com.br

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A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou, nesta sexta-feira (8), a abertura de um procedimento preliminar para examinar a conduta do promotor aposentado Marcelo Millani.

Como revelou a coluna, o ex-integrante do órgão admitiu à Justiça que “se excedeu em sua conduta” no cargo e que ajuizou ações de improbidade administrativa contra Fernando Haddad (PT) apenas como forma de retaliação.

A admissão ocorreu em um acordo em que Milani desistiu de uma ação que movia contra Haddad. O documento foi homologado na quinta-feira (7) pelo STJ(Superior Tribunal de Justiça).

“Caso reste comprovado o cometimento de algum ato em desacordo com a legislação, o MP-SP ajuizará ação judicial de cassação de aposentadoria”, afirma o Ministério Público paulista, em comunicado, ao comentar o caso.

A vingança do promotor se deve ao fato de Haddad ter relatado à revista Piauí que recebeu em seu último ano como prefeito de São Paulo, em 2016, a informação de que Milani teria pedido R$ 1 milhão em propina para não ingressar com ação judicial contra a Odebrecht.

A construtora, na época, sofria denúncias envolvendo a construção do estádio do Corinthians. Ao ouvir a informação, Haddad comunicou o relato à Corregedoria-Geral do Ministério Público de São Paulo.

O texto de Haddad foi publicado na Piauí em 2017. Milani então processou o hoje ministro da Fazenda por calúnia, injúria e difamação. Teve uma vitória em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reverteu a condenação do petista.

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