Seis pessoas foram presas nesta sexta-feira (12), em Campinas (SP), no âmbito da Operação Falso Juízo, deflagrada pelas polícias civil do Distrito Federal e do Estado de São Paulo. Desde 2019, o grupo é responsável pela prática de golpes contra prefeituras de pequenos municípios brasileiros cometidos a partir de sentenças falsas expedidas em nome do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT).
São cumpridos ainda seis mandados de busca e apreensão. Um levantamento preliminar aponta que o grupo teria aplicado golpe de ao menos R$ 3 milhões em 33 prefeituras dos seguintes estados: Alagoas; Amazonas; Bahia; Ceará; Goiás; Mato Grosso do Sul; Pará; Paraná; Piauí.
De acordo com a investigação, os criminosos se passavam por juízes e funcionários do TJ-DFT para coagir representantes de prefeituras a fazerem pagamentos de dívidas inexistentes a partir de atos judiciais e sentenças falsificadas. O grupo de estelionatários ameaçava o bloqueio de contas públicas dos Executivos municipais caso não pagassem as supostas dívidas.
Modus operandi
Os suspeitos usavam linhas telefônicas falsas do prefixo (61), supostamente ligadas ao tribunal, a fim de fornecer atendimento aos prefeitos e procuradores durante o horário de expediente do TJDFT, das 12h às 19h.
Durante as chamadas, os supostos juízes e servidores do TJ-DFT tratavam de assuntos jurídicos ligados às execuções fiscais contra os respectivos municípios.
O grupo aproveitou a troca de equipes das prefeituras após a eleição de novos prefeitos para criar falsas dívidas supostamente ligadas à gestão anterior.
A operação contou com 12 policiais civis do DF, 18 policiais civis do estado de São Paulo e o Grupo de Operações Especiais.
Com informaçoes do Metrópoles