O governo brasileiro está desenvolvendo um projeto para fortalecer a segurança de autoridades, especialmente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, apresentou um estudo embasando essa iniciativa, que atualmente está sob análise na consultoria jurídica do Ministério da Justiça.
A proposta visa estabelecer a criação da Diretoria de Segurança de Dignatários, com o objetivo de sistematizar e garantir, de forma permanente, equipes especializadas para proteger as autoridades tanto em território nacional quanto no exterior.
Embora a ideia tenha sido apresentada antes dos recentes atos hostis ocorridos contra o ministro Alexandre de Moraes, bem como o incidente de suposta agressão a seu filho no aeroporto de Roma, na Itália, ela ganhou ainda mais força após esses acontecimentos. Esses incidentes são parte de uma sequência de ataques a ministros que possivelmente têm motivações políticas.
Vale ressaltar que Moraes é o relator de importantes investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, o que tem chamado a atenção e provocado a ira de seguidores do ex-presidente.
Após a análise na consultoria jurídica do Ministério da Justiça, a proposta será submetida à decisão do ministro Flávio Dino, pois envolve questões de custos e logística. No entanto, já há um entendimento de que é necessário reforçar, de maneira permanente e com uma estrutura adequada, a segurança dos ministros do STF.