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Gilmar Mendes elogia investigação sobre 8 de Janeiro e reforça compromisso com estabilidade democrática

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes destacou a relevância da investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) sobre os atos de 8 de Janeiro e afirmou que as evidências colhidas serão analisadas com rigor pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Em entrevista à CNN, o decano da Corte ressaltou que o trabalho da PF trouxe à tona elementos importantes para o esclarecimento dos fatos.

“A Polícia Federal fez uma importante investigação ao revelar uma série de tramas, discussões, de filmetes de reuniões que dão base para essa discussão e vamos analisar agora a partir da perspectiva do procurador-geral da República que, todos sabem, é uma pessoa muito criteriosa. É um dos procuradores, nos últimos anos, mais respeitados no Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Sobre a possibilidade de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mendes ressaltou que qualquer decisão será tomada com base nas provas apresentadas.

“Não tenho dúvidas de que se for o caso, dentro das balizas do Estado de direito, de proferir um juízo condenatório, o tribunal saberá fazê-lo com toda responsabilidade, como no passado julgou o caso do ‘mensalão’, que também envolvia assessores importantes do então governo do presidente Lula”, comparou.

O ministro também abordou a necessidade de preservar a estabilidade democrática e afastar riscos à ordem institucional.

“Não acho que haja risco para a democracia. Não vejo que houvesse condições de sustentar um golpe, ainda que com todo esse planejamento que ocorreu. Mas eu também não gostaria de acender fósforo para ver se tem gasolina no tanque. Eu acho que se nós percebemos que há problemas que geram instabilidade, nós, com a responsabilidade política que temos, devemos propor correções de rumo”, declarou.

Mendes ainda criticou os ataques a ministros do STF, alertando que discursos agressivos incentivam reações semelhantes na sociedade.

“Temos que ter muito cuidado com o que falamos. Aquele xingatório dirigido a ministros do Supremo estimulava o cidadão comum a imaginar que também tinha aquele direito. Isso diminui a todos. Criamos uma sociedade em que o respeito desaparece. Que a gente não viva assustado com a sua possibilidade de reedição”, enfatizou.

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