Durante um evento em homenagem a Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes fez comentários irônicos em relação ao deputado federal cassado Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato. Mendes ironizou a afirmação de Dallagnol de que teria recebido uma “chuva de Pix” após deixar a Câmara dos Deputados, sugerindo que ele poderia abrir uma igreja.
O ministro Gilmar Mendes também criticou a Operação Lava Jato, encerrada em 2021, e defendeu a necessidade de repensar o modelo de atuação do Ministério Público, apontando falhas nos órgãos fiscalizadores ao concederem autonomia excessiva à Lava Jato. Ele ressaltou a importância do combate à corrupção, mas alertou que o Ministério Público não deve se considerar o quarto Poder e nem assumir o papel de auxiliar do sistema político-partidário.
Mendes mencionou a necessidade de corrigir os erros na estrutura de Justiça do país e afirmou que o “modelo [Sergio] Moro-Dallagnol” não obteve sucesso. Ele enfatizou a importância de buscar soluções para os problemas enfrentados pelo judiciário.
Em junho, Deltan Dallagnol agradeceu publicamente as transferências recebidas via Pix, chamando os doadores de “agentes de Deus em sua vida”. Poucos dias antes, a Mesa Diretora da Câmara havia declarado a perda do mandato de Deltan, seguindo a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou seu registro de candidatura.
É importante destacar que as opiniões expressas pelo ministro Gilmar Mendes representam sua visão pessoal e não devem ser interpretadas como posicionamento oficial do STF.