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Fundador da FTX é condenado na Justiça por fraude em 7 acusações e pode pegar 110 anos de prisão

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O fundador da corretora FTX, Sam Bankman-Fried, foi condenado na quinta-feira por sete acusações de fraude e conspiração após um julgamento de um mês que revelou a arrogância desenfreada e a suspeita de riscos na indústria de criptoativos. O ex-magnata tornou-se um símbolo da ganância nesse mercado no ano passado, quando a corretora entrou em colapso e foi acusado de roubar até US$ 10 bilhões de clientes para financiar contribuições políticas, investimentos de capital de risco e outros gastos extravagantes.

Um júri composto por nove mulheres e três homens levou pouco mais de quatro horas de deliberação para chegar a um veredicto, condenando Bankman-Fried por fraude eletrônica, conspiração e lavagem de dinheiro. Juntas, as acusações acarretam uma pena máxima de 110 anos. Mas o ex-CEO da corretora deverá apelar. Ele deve ser sentenciado no dia 28 de março.

O veredicto coroou uma das mais rápidas e espetaculares quedas da história corporativa moderna. Há apenas um ano, o patrimônio de Bankman-Fried valia mais de US$ 20 bilhões e ele era aclamado como um mocinho na indústria de criptoativos, com o rosto estampado em outdoors e capas de revistas. A FTX, avaliada em US$ 32 bilhões em seu auge, era um dos maiores mercados do mundo para as pessoas comprarem e venderem criptomoedas como bitcoin e ethereum.

Os entusiastas dos criptoativos, muitos dos quais torceram abertamente para que Bankman-Fried fosse considerado culpado, disseram esperar que sua condenação proporcionasse um momento de catarse que permitiria à indústria superar um ano atormentado por escândalos. Mas os críticos consideram o veredicto um sinal de que a indústria poderá enfrentar mais consequências jurídicas à medida que luta para reconquistar a confiança do público.

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