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Ex-funcionários de Gal Costa cobram na Justiça mais de R$ 1,1 milhão em direitos trabalhistas

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Dois ex-funcionários da cantora Gal Costa, falecida em 9 de novembro de 2022, entraram na Justiça para cobrar direitos trabalhistas. Luciana de Souza Santos, que trabalhou como secretária do lar na casa da artista por cinco anos, e o marido dela, Ed Wilson, dizem ter enfrentado condições precárias.

Eles, que alegam ter passado todo esse tempo sem férias, agora processam a viúva da baiana, Wilma Petrillo, em ações que podem passar R$ 1,1 milhão. A notícia foi publicada na última edição do “Domingo Espetacular” (Record TV), 7.

Em entrevista, Luciana contou que foi contratada em 2017 para serviços domésticos, além de passear com os cachorros e de cuidar de Gabriel, filho adotivo da cantora, que tinha 12 anos na ocasião. Segundo ela, os atrasos no salário eram frequentes.

“Ela ficava dois meses sem pagar, três meses… ou dava um pouquinho em dinheiro e dava outra parte em cheque. Tinha que cobrá-la bastante para pagar, porque ela dizia que esquecia”, relatou.

Em um suposto acordo inicial, segundo Luciana, havia a previsão de registro na carteira de trabalho.

“Me dava R$ 2 mil na carteira e o restante por fora. Isso foi combinado, mas ela pediu a carteira, e ficou lá no escritório dela, na casa dela”, conta.

Chorando, Luciana disse que as refeições da família vinham em marmitas de um restaurante próximo, mas não para os funcionários, e que chegou a ser repreendida pela própria cantora em determinada ocasião.

“Ela não gostava que eu pegasse feijoada. Ela ficou brava. Era muito humilhante estar com fome e não poder comer”, contou.

O marido da funcionária teria passado a trabalhar para a família quando veio a pandemia, ajudou na mudança de endereço e acabou ficando para se encarregar de algumas tarefas, uma vez que a esposa estava cansada pelo excesso de trabalho.

“Ela [Gal] dizia para Luciana dividir o salário dela comigo. Eu aceitei para livrar o cansaço dela [sua esposa]”, disse ele sobre o salário de R$ 4,5 da esposa.

Além de faxina, Ed afirmou que também usava o próprio carro e o próprio combustível para cumprir seus serviços com a cantora. O combinado com Gal e Wilma, segundo ele, era receber  pelo combustível do deslocamento diário do casal de Guarulhos a São Paulo, o que nunca foi cumprido.

“Teve um dia que nós dormimos na rua porque não tinha gasolina para irmos embora”, afirmou Luciana.

Ainda durante a entrevista para o programa, Luciana disse que ficou sem receber por cerca de um ano, e que somente se deu conta muito tempo depois. Ela conta que Wilma apresentava os comprovantes de depósito bancário por envelope, mas que era um tipo de transação em que o valor aparece na conta por um dia, mas que não é creditado efetivamente.

“Eu fui deixando. Quando fui ver, não tinha. Estávamos juntando para pagar nossa casinha”, declarou ela, explicando o motivo de ter demorado a observar a falta do pagamento.

O advogado que representa o casal já ganhou outro processo trabalhista contra o espólio de Gal em duas instâncias, no valor de R$ 400 mil. 

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