O ex-BBB Felipe Prior foi condenado no sábado (8) a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro. A decisão foi proferida pela juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, em resposta a uma denúncia feita em 2020. A condenação foi estabelecida em primeira instância, e o caso continua em sigilo. Prior tem o direito de recorrer em liberdade.
De acordo com a acusação, a vítima, identificada como Themis, relatou ter sido estuprada por Prior em 2014. A decisão da Justiça revela que o agressor usou força física para cometer o crime, agindo de maneira agressiva ao segurar a vítima pelos braços e cintura, além de puxar seus cabelos. Durante o ato, Themis pediu para que ele parasse, afirmando que não queria manter relações sexuais.
O advogado de Prior, Rafael Pugliese Ribeiro, foi contatado por Universa por telefone e e-mail, mas ainda não respondeu às perguntas da reportagem. Caso a defesa se manifeste, este texto será atualizado.
Na sentença, a juíza afirma que não há dúvida quanto à ocorrência do crime, mencionando o prontuário médico da vítima, que comprova a laceração na região genital, bem como as mensagens trocadas entre Themis e o réu, depoimentos da vítima, de Prior e de testemunhas de defesa e acusação.
Maira Pinheiro, uma das advogadas da vítima, recebeu a sentença “com muito alívio após três anos e meio de muita luta”. Ela afirma: “Nossa cliente foi achacada, nós, advogadas, fomos muito atacadas durante esse processo, e essa condenação vem como reconhecimento de que tínhamos razão desde o início.”
A advogada destaca que irá recorrer da decisão, pois considera a pena imposta ao agressor baixa, considerando a brutalidade do crime. Ela expressa a esperança de que, nas instâncias superiores, a pena seja aumentada e o regime de cumprimento seja fechado. Além de Maira, também fazem parte da defesa de Themis a advogada Juliana Valente, com o apoio dos advogados Maurício Dieter, Caio Patricio de Almeida, João Bechara Calmon e Guilherme Perissé.
Maira finaliza dizendo: “Esperamos que essa condenação sirva como lição e alerta para as pessoas que ainda consideram esse indivíduo como uma celebridade, para que reflitam se desejam se associar a um estuprador condenado.”