Sérgio Rocha Cordeiro, um dos ex-assessores de Jair Bolsonaro presos desde maio sob suspeita de fraudar dados de vacinação da Covid-19, apresentou ontem um novo pedido a Alexandre de Moraes, do STF. O militar da reserva, que trabalhou com Bolsonaro desde a época de deputado, quer que o ministro reavalie sua prisão a partir de uma discussão em órgão colegiado — da 1ª Turma da Corte, à qual o magistrado pertence, ou do plenário. Ele espera, claro, ser colocado em liberdade.
O argumento da defesa de Cordeiro, representada pelo escritório Kuntz Advocacia e Consultoria Jurídica, é de que há “morosidade injustificada” na tramitação do recurso em que o cliente requer a soltura. Nos últimos três meses, Moraes, apesar de ter recebido o pedido, não o avaliou.
Além de Cordeiro, a PF prendeu cinco ex-auxiliares de Bolsonaro pelo mesmo motivo. Entre eles, estava Mauro Cid que, de lá para cá, ficou ainda mais enrolado perante a Justiça: junto da falsificação de cartões de vacinação (do ex-presidente e da filha dele, Laura, e de membros de sua própria família), o faz-tudo do bolsonarismo passou a ser suspeito de operar a venda ilegal de presentes valiosos que o chefe ganhou quando estava na Presidência.