O advogado Marco Aurélio de Carvalho acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador Magno Malta (PL-ES) por ataques feitos ao grupo jurídico Prerrogativas, que ele coordena.
O senador Magno Malta (PL-ES), durante ato em defesa de Jair Bolsonaro na avenida Paulista, no ano passado
No último dia 11 de fevereiro, durante audiência de parlamentares da oposição com o relator para liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Pedro Vaca, o senador disse que o Prerrogativas teria envolvimento com Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro em 2018.
“Adélio Bispo é a pessoa mais importante do Brasil. É o mais glamourizado, é o mais amado, é o mais guardado, ninguém pode quebrar sigilo de telefone dele. Ele é protegido pelas autoridades. Ele tem advogados muito fortes, muito famosos dessa tal, é, como é o nome? Grupo de Prerrogativas”, afirmou Malta durante o encontro.
Carvalho enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, duas peças: um pedido de explicações do senador, para que ele detalhe de onde tirou as informações sobre o envolvimento do Prerrogativas com Adélio, e uma notícia de crime, requisitando abertura de inquérito policial.
O advogado afirma que o senador fez também, durante a reunião com o relator da Comissão, críticas infundadas aos integrantes do próprio STF.
“Suas declarações, marcadas por falsidades e insinuações maliciosas, não só afrontam a honra do requerente e dos ministros do STF, como também comprometem a imagem e a soberania do Brasil perante a comunidade internacional”, diz a peça, assinada por Carvalho e pelos advogados Hugo Leonardo, Fabiana Logullo e Marcelo Pucci Maia.
Eles pedem que Malta responda em 48 horas às indagações, sob pena de ser responsabilizado criminalmente pelas ofensas.