A Justiça Federal decidiu levar Amarildo da Costa Oliveira e outros dois réus a júri popular pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Nesta terça-feira (2), a defesa dos réus afirmou que vai recorrer da decisão.
O crime aconteceu em junho de 2022, na região do Vale do Javari, no Amazonas. Bruno e Dom foram assassinados, mas os restos mortais foram encontrados apenas dez dias depois.
A decisão de levar os réus a júri popular é assinada pelo juiz federal Weldeson Pereira, da Comarca de Tabatinga, e foi publicada na segunda-feira (2). No documento, o magistrado também mantém os três homens presos.
“Uma vez tendo respondido ao processo até aqui encarcerados e porque persistem os motivos ensejadores da sua prisão preventiva, não há motivo para colocação dos réus em liberdade. Justamente quando são pronunciados, afigura-se ainda mais necessária a manutenção da custódia cautelar”, destacou o juiz.
O trio responde por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Os réus estão em presídios federais, no Paraná e Mato Grosso.
- Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, est preso na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR),
- Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS),
- Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, também custodiado na Penitenciária Federal de Campo Grande.
Em nota, a defesa dos réus afirmou que vai recorrer da decisão. Os advogados alegam que os três só podem ser levados a júri popular em caso de trânsito em julgado, ou seja, se todas as possibilidades de recursos estivessem sido esgotadas.
‘É importante deixar claro que a decisão não encaminha os pescadores direto para julgamento pelo júri”, disse a defesa, ao reiterar que ainda é possível recorrer da decisão.
A justiça ainda não marcou a data do júri popular.