A Caixa Econômica Federal está processando seu ex-presidente Pedro Guimarães em busca de reembolso por indenização paga pelo banco a um empregado que foi coagido pelo executivo a comer pimenta e ouviu comentários homofóbicos. A ação judicial surge após uma série de denúncias de assédio moral e sexual que levaram à demissão de Guimarães em junho de 2022, e posteriormente, em março do ano seguinte, à abertura de um processo criminal contra ele.
No centro da questão está um caso ocorrido em 2020 durante um evento do programa Caixa Mais Brasil no Amazonas. Segundo a denúncia, o ex-presidente da Caixa colocou pimenta nos pratos de empregados durante um jantar e os obrigou a consumi-la. Em um episódio particular, um dos funcionários tentou amenizar o ardor adicionando limão à refeição, ao que Guimarães o ofendeu com termos homofóbicos, como o uso do termo “bambi”, em referência pejorativa aos torcedores do São Paulo.
A Justiça condenou a Caixa Econômica Federal a pagar uma indenização de R$ 20 mil por danos morais ao funcionário afetado por essa situação. Relatos de outros empregados do banco ao Ministério Público do Trabalho apontam que forçar funcionários a comer pimenta era uma prática comum de Guimarães.
A defesa do ex-presidente alega que as ações judiciais movidas contra ele são apenas “jogadas políticas” realizadas pela atual direção da Caixa. No entanto, os desdobramentos do caso e as provas apresentadas têm levado a processos judiciais tanto por danos morais quanto por questões criminais, o que torna a situação mais complexa.
O caso lança luz sobre a importância de garantir um ambiente de trabalho seguro e respeitoso, livre de qualquer forma de assédio, discriminação ou violência. As instituições devem agir com rigor para coibir esse tipo de comportamento e garantir a proteção e bem-estar de seus colaboradores.
