Dentro do espírito democrático para fomentar o debate plural de ideias, a OAB Goiás criou as Comissões Especiais dos Estudos Jurídicos da Advocacia Conservadora e da Advocacia Progressista.
A proposição da OAB-GO é considerada de vanguarda frente aos tempos atuais. Apesar disso, recebeu críticas, principalmente, de advogados mais identificados com a ideologia de esquerda.
De acordo com a Seccional goiana da OAB, as comissões vão se dedicar exclusivamente à abordagem de temas sensíveis à sociedade e para conferir uma abordagem plural a pautas comportamentais que frequentemente são trazidos para o debate no seio da OAB-GO.
Na última quarta-feira (23), o presidente da OAB-GO, Rafael Lara, empossou os membros da Comissão Especial dos Estudos Jurídicos da Advocacia Conservadora (veja na imagem). Tomaram posse os advogados Telêmaco Brandão, Cristovam do Espirito Santo Filho e Jessika Cristina Ribeiro Cordeiro, nos respectivos cargos de presidente, vice-presidente da capital e secretária-geral, além dos demais integrantes.
Já os membros da Comissão da Advocacia Progressista serão empossados nos próximos dias.
A JuriNews conversou com o presidente da OAB-GO sobre a decisão de instituir as comissões e ele destacou a importância do diálogo entre visões diferentes e da convivência democrática.
Confira:
JuriNews: O que justifica a criação das Comissões da Advocacia Conservadora e da Advocacia Progressista?
Rafael Lara: Todas comissões são órgãos de assessoramento da diretoria e do conselho ajudam a qualificar o debate com visões distintas sobre uma infinidade de temas caros à sociedade que passam pelo escrutínio da OAB-GO.
JN: Quais serão os temas sensíveis à sociedade que as Comissões vão tratar?
RL: Diversos. Porte de armas, maioridade penal e quaisquer outros que considerem importantes.
JN: Em tempos de polarização política, qual será a importância do trabalho dessas Comissões?
RL: Desintoxicar o ambiente de debate para que as divergências possam conviver. É importante para mostrar que os antagonismos devem conviver democraticamente. Mostrar que o diálogo entre as visões diferentes pode produzir síntese em benefício da cidadania.