A Comissão de Direito Antidiscriminatório da OABRJ, em parceria com a Associação Elas Existem, promoveu nesta segunda-feira, dia 8, a formatura do projeto ‘Fortalecendo Multiplicadores’. Este projeto capacita mulheres e jovens tecedores que buscam autonomia para enfrentar o mercado de trabalho. O evento completo está disponível no canal da Seccional no YouTube.
O presidente da comissão, Carlos Alberto Lima, junto com a vice-presidente, Luciana da Silva, e a diretora da Associação Elas Existem, Caroline Bispo, mestre em Segurança Pública, conduziram o encontro. Lima destacou o compromisso da associação com o respeito às diferenças, especialmente no que diz respeito aos direitos das mulheres e adolescentes LGBTQIAPN+ no sistema penitenciário e socioeducativo.
“A comissão espera que esta cerimônia faça vocês [os formandos] sentirem-se vitoriosos, em todos os sentidos, diante de todo o trabalho que fazem na Associação Elas Existem”, declarou Lima.
Ele acrescentou que a comissão busca aproximar a OABRJ dos movimentos e associações sociais que combatem opressões e discriminações na sociedade. Lima reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos participantes do projeto e expressou seu apoio e reconhecimento.
Caroline Bispo ressaltou a parceria entre a OABRJ e a Associação Elas Existem, destacando que a iniciativa começou dentro da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OABRJ. “A Elas Existem começou em 2016 com estudos e pesquisas dentro de uma comissão da Seccional”, afirmou Bispo.
Ela explicou que o objetivo da associação é ajudar as pessoas a reconstruírem suas vidas após a saída do sistema penitenciário, oferecendo oportunidades e apoio emocional, financeiro e mental. A associação visa restaurar a dignidade e a feminilidade das mulheres que passam pelo cárcere.
Também presentes na mesa estavam a vereadora Monica Cunha; a psicóloga e coordenadora da associação, Taynah Marques; o advogado e conselheiro Ladislau Porto; e os professores de inglês Jessica Neves, de arte terapia Elis Mona Reage, de informática Jurandir Junior, e de trança terapia Gabriela Azevedo e Cardoso.
Taynah Marques, psicóloga no sistema prisional e coordenadora da Elas Existem, destacou a importância do projeto na reconstrução dos sonhos das pessoas que saem das penitenciárias. Ela enfatizou como a prisão enfraquece a habilidade de sonhar e a importância de acreditar em uma vida melhor após a saída.
O procurador-geral da OABRJ e presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminalista (Anacrim), James Walker, também participou do evento e entregou os certificados às formandas.