Em ano de eleições gerais na OAB vale quase tudo, até tentar tirar do comando o presidente da uma Seccional pelo fato dele concorrer à reeleição.
É o que aconteceu no Distrito Federal com o pedido protocolado pela pré-candidata à Presidência da OAB-DF, Thais Riedel, para que o atual presidente, Delio Lins e Silva Júnior, saia do cargo voluntariamente.
Thais alega que o afastamento é necessário para evitar que o cargo de Délio influencie nas intenções de apoio das eleições da Seccional, que acontecerão em novembro.
O pedido, apresentado na semana passada, foi feito ao próprio Délio, que o refutou e considerou como mais uma tentativa de criar impedimentos que não existem para prejudicar os avanços da advocacia no Distrito Federal.
Para o advogado Erick Wilson Pereira, “a gestão do presidente Délio trouxe eficiência e eficácia para a OAB-DF e esse modo dinâmico de trabalhar tem incomodado muito aqueles que torcem contra”.
Por sua vez, o presidente da OAB-DF disse que continuará atuando em prol da advocacia e em defesa das prerrogativas. “Seguirei lutando por uma casa que deixa velhas práticas do século passado, como as que a pré-candidata utiliza, para ingressarmos no século 21. Tecnologia, serviços na ponta, eleições on-line, assistência à saúde, apoio ao enfrentamento da Covid-19. A OAB-DF nesta gestão é uma casa atuante e templo da democracia. Nela, respeitamos todos os códigos de honra e de procedimentos, não sendo diferente com as normas eleitorais internas, as quais serão todas cumpridas ao longo do processo eleitoral que se avizinha”, assinalou.
Délio negou que tenha infringido qualquer norma: “Não pratico uso indevido da máquina e, portanto, não temo acusações infundadas. A verdade prevalecerá. Sigo em paz e mais disposto ainda ao verdadeiro debate, pois quem tem propostas não precisa tentar ganhar em tapetão”.