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“Queremos igualdade de direitos e oportunidades”, destacou a presidenta da OAB-BA na abertura da IV Conferência Estadual da Mulher Advogada

Imagem: Reprodução/OAB-BA

jurinews.com.br

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A presidenta da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Bahia (OAB Bahia), Daniela Borges, ressaltou a essência da advocacia como uma “luta contra as tiranias e abusos de poder” durante a abertura da IV Conferência Estadual da Mulher Advogada. O evento aconteceu na manhã da última segunda-feira (22), no Centro de Convenções Salvador. Daniela Borges destacou os desafios enfrentados pela advocacia feminina no Brasil, país com altos índices de feminicídios. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostraram que, em 2023, 1.463 mulheres foram assassinadas em contextos de violência de gênero. “Queremos igualdade de direitos e oportunidades, além do respeito e da valorização das diferenças”, enfatizou Borges.

Recebida com aplausos, Daniela Borges afirmou que “a luta pela igualdade é para que ninguém seja excluído, apesar de suas diferenças”. Ela mencionou a importância do Sistema OAB na defesa dos direitos e oportunidades para todos, independentemente da identidade de gênero, e destacou ações realizadas pela OAB da Bahia durante sua gestão, como a implantação da Ouvidoria da Mulher Advogada e a Procuradoria de Gênero e Raça.

Daniela Borges também comentou sobre a crescente presença feminina na advocacia. Segundo o Perfil ADV – 1° Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira, publicado em abril pelo Conselho Federal da OAB, as mulheres representam 51,43% da advocacia brasileira. Na Bahia, as mulheres são 52% dos advogados. “Nós estamos construindo os caminhos para mudar o mundo”, disse Borges, mencionando o pluralismo e a diversidade das mulheres e o enfrentamento da violência na profissão.

O evento, realizado pela primeira vez em nove anos com uma mulher na presidência da OAB Bahia, marcou um momento histórico. “Demorou 90 anos, mas nós chegamos e somos muitas”, lembrou Daniela Borges, referindo-se aos 92 anos da seccional baiana.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, foi a palestrante magna do evento. Ela falou sobre “o silenciamento histórico da mulher” e a baixa representatividade feminina nos espaços de poder. Apenas 38% dos magistrados são mulheres, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (2022). “Não queremos uma sociedade só de mulheres, mas exercer a paridade de cargos para homens e mulheres”, disse a ministra.

Cármen Lúcia também abordou a violência política que afeta as mulheres, especialmente em períodos eleitorais, e destacou a importância de cultivar e proteger os direitos das mulheres.

Diversas autoridades participaram da abertura do evento, incluindo a ministra do STF e presidenta do TSE, Cármen Lúcia, a ministra do TSE, Vera Lúcia Santana Araújo, e a secretária-geral adjunta da OAB Nacional, Milena Gama, entre outros.

Realizada a cada três anos, a Conferência é parte do plano de política de valorização da advocacia feminina na Bahia e é atualmente um dos maiores eventos do país na área.

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