Cinco dos 13 policiais militares envolvidos em uma operação que resultou na morte de um colega de trabalho em Itajuípe, no sul da Bahia, foram afastados por determinação da Justiça. O crime ocorreu em setembro de 2022, mas o afastamento dos suspeitos foi decretado em 5 de junho, sendo divulgado apenas nesta sexta-feira (16).
O incidente aconteceu em uma pousada na cidade, onde o subtenente Alberto Alves, o sargento Adeilton D’Almeida e outros dois policiais militares estavam dormindo em um quarto quando foram atingidos por disparos de arma de fogo. O subtenente faleceu no local e os outros três colegas ficaram feridos.
O grupo estava na pousada a trabalho, encarregado de fornecer segurança para o então candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), que tinha uma agenda de campanha em Coaraci, município vizinho, no dia seguinte. A Polícia Militar informou que os tiros não tiveram motivação política.
Segundo informações da Polícia Militar, os agentes responsáveis pelos disparos estavam realizando uma operação para prender um indivíduo suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. No entanto, a corporação não forneceu detalhes sobre o caso nem sobre as circunstâncias em que os policiais foram atingidos.
Conforme determinado pela Justiça, os policiais militares estão sendo acusados dos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, violação de domicílio e constrangimento ilegal. Mais especificamente:
- Quatro PMs estão respondendo por homicídio duplamente qualificado;
- Cinco PMs estão sendo acusados de tentativa de homicídio duplamente qualificado;
- Quatro PMs estão sendo acusados de violação de domicílio e constrangimento ilegal.
De acordo com a Justiça, uma audiência de instrução, na qual serão ouvidas testemunhas, está agendada para o mês de julho.
