Mamadou Gaye, que exerceu o cargo de cônsul honorário da França na Bahia entre fevereiro de 2019 e junho de 2024, iniciou uma ação judicial buscando reparação por injúria racial, assédio moral e calúnia. O pedido de indenização, no valor de R$ 40 mil, foi apresentado contra o francês Fabien Liquori.
De acordo com os autos, Liquori teria insultado Mamadou Gaye após ter demandas administrativas negadas. Ele enviou mensagens com teor ofensivo a diversas instituições, como o consulado da França em Recife e a Academia de Letras da Bahia (ALB), além de outras entidades nacionais e internacionais. As mensagens também motivaram uma denúncia policial por parte da Fundação Pierre Verger.
Nas comunicações enviadas por e-mail, Liquori referiu-se ao ex-cônsul como “tirano africano” e o acusou de usar informações de cidadãos franceses para interesses pessoais. Em outra mensagem, Liquori escreveu: “Boa volta no seu buraco em Paris.”
Mamadou Gaye, que também foi diretor da Aliança Francesa de Salvador entre 2017 e 2021, aponta que os ataques geraram danos à sua imagem e à sua honra, motivando o processo que tramita no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).