O promotor do Ministério Público do Amazonas, Walber Luiz Silva do Nascimento, que comparou a advogada Catharina Estrela a uma cadela virou alvo de uma reclamação disciplinar para apurar suposta prática de misoginia e infração disciplinar decorrente de violação do dever funcional.
A decisão de instaurar, de ofício, a reclamação em desfavor do membro do MP-AM é do corregedor nacional do Ministério Público, conselheiro Oswaldo D’Albuquerque Lima Neto, e atende pedido feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) logo após a repercussão do caso.
Durante sessão do Tribunal do Júri realizada na quarta-feira (13), o promotor de Justiça do MP amazonense teria proferido ofensas a uma advogada, caracterizando, em tese, a prática de conduta misógina e possível infração disciplinar decorrente de descumprimento de dever funcional.
O promotor terá dez dias para se manifestar sobre suas declarações, nos termos do Art. 76, caput, do Regimento Interno do Conselho Nacional do Ministério Público (RICNMP).
Segundo o corregedor nacional, vídeos e reportagens chegaram ao seu conhecimento, nos quais o promotor, “em ato judicial, teria comparado advogada a uma ‘cadela’, caracterizando, em tese, a prática de conduta misógina e possível infração disciplinar decorrente de descumprimento de dever funcional”.