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TJAL media conflitos na cooperativa CoopMundaú em busca de soluções construtivas

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“Conflitos existem em todos os lugares, basta estarmos dispostos a buscar resolvê-los”. Essa foi a frase usada pelo desembargador Tutmés Airan, presidente da comissão de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), para iniciar uma reunião com os integrantes da CoopMundaú, Cooperativa de Trabalho das Catadoras e Catadores da Lagoa Mundaú. Visando melhorar suas relações interpessoais, os cooperados buscaram a comissão de Direitos Humanos do TJAL para mediar seus conflitos.

A mediação está sendo realizada pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) através da mediadora, Moacira Rocha, com auxílio do secretário da comissão de Direitos Humanos do TJAL, Pedro Montenegro.

A iniciativa partiu da assessora da cooperativa, Ana Lúcia, integrante do Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu, que realiza um trabalho de apoio e assessoramento aos trabalhos da cooperativa desde a sua fundação. Ela explicou que buscou o Poder Judiciário pois já conhecia o trabalho da comissão de Direitos Humanos do TJAL e sabia que com esse auxílio, seria possível encontrar uma conciliação, resolver os problemas internos e crescer em grupo.

“Eles estavam acostumados a um trabalho individual e as divergências pessoais estavam gerando muitos conflitos, impedindo que eles se firmassem como cooperativa e como um espaço democrático, de participação, de acordo e de consenso. Por isso buscamos o Judiciário, para que nos ajudassem a construir acordos de convivência que fortalecessem a cooperativa”, explicou Ana Lúcia.

Dentre os pontos que geram mais problemas entre os cooperados estão a maneira de dividir o trabalho, o preenchimento de folha de ponto, a divisão da remuneração, as abordagens e convencimento da população a contribuir, entre outros.

Moacira Rocha, mediadora da conciliação, explicou para os cooperados que os conflitos são inerentes ao ser humano e que quando existem muitas pessoas envolvidas com suas individualidades é normal divergir.

“Hoje eu estou aqui para ouvir cada um de vocês para buscarmos juntos uma gestão participativa em que vocês possam falar o que sentem e nós possamos encontrar soluções para que fique tudo bem e para que o trabalho fique mais tranquilo de ser executado”, falou a mediadora.

O desembargador Tutmés Airan estava feliz em receber os integrantes da cooperativa e em poder contribuir com a solução de seus problemas.

“Como o nome já diz, cooperativa precisa cooperar. E para cooperar bem é necessário união e por isso, quando recebemos o pedido da Ana Lúcia, abrimos as portas do Judiciário para mediar e ajudar a solucionar os conflitos que existem entre eles”, disse o presidente da comissão de Direitos Humanos do TJAL, acrescentando que esta conciliação é a primeira nestes moldes em que pôde participar.

Esta foi a primeira de uma série de reuniões que serão realizadas entre a cooperativa e o Poder Judiciário, a fim de mediar os conflitos entre eles.

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