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Réus são condenados pela morte de homem para utilizar residência como ponto de drogas

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Em 2020 Thiago Marques Pereira da Silva e João Paulo Gomes Ferreira assassinaram Jeovan de Oliveira Silva, em Alagoas. De acordo com o relato da esposa da vítima, ela e o marido brincavam com os filhos na frente de casa quando João, juntamente com dois indivíduos desconhecidos, se aproximaram. Percebendo a movimentação, a família entrou rapidamente em casa e trancou a porta.

Os homens do lado de fora começaram a bater na porta, pedindo para que ela fosse aberta, e para que Jeovan saísse. A testemunha conta que, após várias ameaças, seu esposo decidiu abrir a porta. Os indivíduos questionaram por que a vítima não havia deixado a residência, pois tinha recebido uma ordem para desocupá-la uma semana antes.

A família respondeu que estava procurando um novo lugar para morar e que já havia organizado seus pertences para a mudança. Em seguida, um dos homens apontou uma arma de fogo para Jeovan, e sua esposa se colocou à frente, implorando para que não o matassem, mas um dos agressores empurrou-a.

Jeovan tentou fugir, porém foi perseguido pelos agressores e foi atingido por oito tiros nas costas, vindo a falecer no local. Segundo testemunhas, alguns indivíduos pretendiam tomar a casa onde Jeovan vivia com sua esposa e filhos, alugada, para usá-la como ponto de venda de drogas na região.

Dessa forma, o Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Capital emitiu sua sentença condenando Thiago e João Paulo pela morte de Jeovan. O julgamento aconteceu na titular da 8ª Vara Criminal de Maceió.

O magistrado determinou uma pena de 19 anos e oito dias de reclusão para Thiago, e 24 anos, dois meses e quinze dias de prisão para João Paulo. Ambos os réus devem cumprir suas sentenças em regime fechado, sem direito a apelação em liberdade.

Ao deliberar sobre a sentença, o juiz José Braga Neto destacou a maneira como o crime ocorreu, uma vez que a vítima foi assassinada em local público.

“A vítima fora morta na frente da esposa e dos filhos, mesmo com as súplicas feitas pela esposa, que narrou ter chegado a ajoelhar aos pés de um dos atiradores clamando pela vida de seu companheiro”.

O magistrado também mencionou o depoimento da esposa de Jeovan, revelando que a vítima deixou seis filhos dependentes financeiramente dele.

“No mais, não há como olvidar os danos emocionais e psicológicos de um filho que vê seu pai ser assassinado, que crescerá sem seu sustento econômico e de formação do caráter”, afirmou José Braga Neto.

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