O caso da servidora do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), que arrancou processo das mãos de uma advogada impedindo-a de acessar os autos, continua rendendo, após a ampla repercussão do vídeo nas redes sociais que mostra o fato ocorrido na última terça-feira (15).
Em uma tentativa desarrazoada de defender a chefe do cartório da 8ª Vara Cível de Vitória, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário no Estado do Espírito Santo (Sindijudiciário-ES) se voltou contra a atitude do presidente da OAB-ES, José Carlos Rizk Filho, e resolveu denunciá-lo ao Conselho Federal da OAB por exposição indevida da servidora.
Tudo isso porque Rizk Filho compartilhou o vídeo do bate-boca e agiu prontamente protocolando pedidos de reclamação disciplinar contra a servidora no CNJ e na Corregedoria do TJ-ES.
“A entidade sindical vem requerer as devidas apurações para verificação dos excessos cometidos e as infrações às garantias constitucionais de inviolabilidade à intimidade de terceiros, contraditório e ampla defesa”, pede o Sindijudiciário-ES ao Conselho Federal da OAB.
Não obstante o flagrante desrespeito às prerrogativas da advogada, a entidade sindical não fez a defesa da servidora alegando seus motivos para impedir a profissional de ter acesso aos autos do processo. O expediente remetido ao CFOAB apenas ataca o presidente da OAB-ES por sua atuação efetiva no caso.
“Me surpreendi em estar sendo ‘denunciado’ na OAB Federal por cumprir a minha função de defender as prerrogativas da classe dos advogados. Uma coisa é certa ‘Presidir a OAB não é função do covardes’ e reitero que enquanto estiver sob minha Presidência não negociarei prerrogativas da minha classe. Nenhum direito a menos, quem está comigo”, escreveu Rizk Filho em suas redes sociais ao tomar conhecimento do ato do Sindijudiciário-ES.