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Jorge Messias classifica anistia a condenados pelo 8 de Janeiro como “inconstitucional”

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O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, criticou duramente a possibilidade de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro, classificando-a como “inconstitucional” e uma “agressão à população brasileira”. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Messias reiterou a posição firme da AGU, recordando que foi a primeira instituição a solicitar a prisão dos envolvidos.

“Foi a Advocacia-Geral da União que pediu a prisão preventiva dos envolvidos em flagrante,” afirmou Messias, destacando sua solicitação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele enfatizou que, além de buscar a responsabilização penal, a AGU está empenhada em garantir o ressarcimento financeiro dos danos ao patrimônio público. “Pedimos R$ 100 milhões de bloqueio de bens e já temos mais de R$ 20 milhões bloqueados para cobrir os estragos. Cada cadeira, cada luz danificada precisa ser paga,” afirmou.

Ao longo da entrevista, Messias reforçou que os atos configuraram uma tentativa de golpe, questionando: “Não foram levar a família para passear na Praça dos Três Poderes. Foram tentar um golpe de Estado.”

A polêmica sobre a anistia ganhou novos contornos após a criação de uma comissão especial pela Câmara dos Deputados, conforme decisão do presidente Arthur Lira (PP-AL). A proposta de anistia aos condenados, defendida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve seu processo de tramitação atrasado por esta decisão, uma vez que uma comissão especial exige ao menos 40 sessões para a apresentação de um parecer. Juristas apontam que o texto da proposta atual é amplo demais, abrindo brechas que podem até beneficiar Bolsonaro.

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