A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi objeto de várias sugestões para melhoria dos serviços, especialmente em relação ao tratamento dispensado aos jovens advogados e à qualidade do ensino jurídico. Os temas foram abordados no programa Justiça em Questão do último sábado (18) na rádio CBN Natal.
Participaram do programa os advogados Marcelo Torres, Larissa Nobre e Hugo Lima. Eles estão entre os signatários da Carta Aberta lançada na semana passada em defesa das prerrogativas, da qualidade do ensino jurídico e mais apoio ao jovem advogado.
Para o advogado Hugo Lima, sócio do professor Marcelo Barros, o exame da OAB se tornou uma barreira desproporcional que transforma aspirantes a advogados em meros números, focando mais na arrecadação de anuidades do que no suporte efetivo ao início de suas carreiras.
“A taxa de aprovação extremamente baixa, com apenas cerca de 20% dos candidatos conseguindo passar, levanta sérias questões sobre a eficácia e qualidade dos cursos de graduação. Enquanto um mecanismo de avaliação é necessário para garantir a competência profissional, é fato que o comércio da educação jurídica privilegia finalidades financeiras em detrimento de promover a excelência na advocacia”, avalia Hugo Lima que possui cinco de anos de exercício profissional.
Na avaliação do jovem advogado, esse cenário desanimador não só frustra milhares de jovens, mas também desperdiça talentos que poderiam contribuir significativamente para o campo jurídico.
