A Câmara dos Deputados ratificou, por expressiva margem de 277 votos a favor e 129 contra, a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão. As acusações contra o parlamentar envolvem seu suposto envolvimento nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes em 2018. A determinação de manter Brazão sob custódia foi tomada durante votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira (10).
Além da prisão, Brazão enfrenta agora um processo de cassação, iniciado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados após apresentação de uma ação pelo PSOL. O partido argumenta que o parlamentar abusou de suas prerrogativas para cometer irregularidades, desonrando o cargo para o qual foi eleito.
O Conselho de Ética sorteou três deputados para assumir a relatoria do caso: Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos-RR). O presidente do conselho, Leur Lomanto, escolherá um deles para conduzir o processo.
O relator terá um prazo de dez dias para elaborar um parecer inicial, sugerindo o encerramento ou a continuidade do processo disciplinar. Caso prossiga, Brazão será notificado para apresentar sua defesa, e a coleta de evidências terá início.
O processo no Co
nselho de Ética tem previsão de duração de até 60 dias. Brazão foi preso em 24 de março no Rio de Janeiro, durante a Operação Murder, Inc. da Polícia Federal, junto com seu irmão Domingos Brazão. A Polícia Federal alega que os irmãos teriam conspirado a morte de Marielle devido a disputas territoriais com milícias, juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.
Redação, com informações do Ig