O Ministério da Justiça anunciou a desmobilização da Força Nacional na operação de busca aos dois detentos que fugiram do presídio federal de Mossoró (RN) em 14 de fevereiro. Deibson Nascimento e Rogério Mendonça estão foragidos há 44 dias, e o foco agora será direcionado para ações de inteligência com o intuito de capturá-los. A informação foi confirmada pela pasta.
Desde 23 de fevereiro, a Força Nacional atuava na região de Mossoró com 111 homens e 20 viaturas. O trabalho do efetivo foi prorrogado em março e será encerrado nesta sexta-feira, dia 29. A continuidade das buscas ficará sob responsabilidade da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o apoio das Polícias Militar e Civil do Rio Grande do Norte.
O custo da operação envolvendo a Força Nacional em Mossoró alcançou aproximadamente R$ 1,3 milhão apenas com o pagamento de diárias aos agentes. Cada membro da Força Nacional recebe cerca de R$ 335 por dia, além do salário estadual, totalizando um custo diário estimado em R$ 37 mil para os 111 homens envolvidos.
Na nova fase da operação, as autoridades esperam rastrear a movimentação dos membros do Comando Vermelho local para chegar aos fugitivos. As investigações sugerem que a dupla está recebendo ajuda de moradores da região, após uma mobilização da facção do Rio de Janeiro em favor dos detentos.
Deibson Nascimento e Rogério Mendonça eram associados ao braço da facção criminosa no Acre e foram transferidos para o presídio federal de Mossoró após uma rebelião em julho de 2023. A Polícia Federal identificou que os fugitivos fizeram ligações para o Rio de Janeiro, possivelmente em busca de apoio.
Esta fuga, considerada inédita no sistema penitenciário federal, foi a primeira crise enfrentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que visitou Mossoró duas vezes para acompanhar as buscas pessoalmente. Apesar dos esforços, os indícios de que a dupla ainda esteja na região não são conclusivos, e há dias sem novas pistas sobre o paradeiro dos detentos.
Redação, com informações da Folha PE