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Zambelli após ser indiciada por invasão de sistema no CNJ: “Não paguei e não pedi nada ao hacker”

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A deputada Carla Zambelli (PL-SP) contestou a conclusão da Polícia Federal em um relatório que a indiciou, juntamente com o hacker Walter Delgatti Neto, por suspeita de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli negou qualquer envolvimento em pagamentos ou solicitações a Delgatti para invadir o sistema.

De acordo com as investigações, os suspeitos da invasão, que ocorreu em janeiro de 2023, inseriram documentos falsos no site do CNJ, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal atribuiu à deputada e ao hacker crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Além disso, Delgatti foi indiciado por denunciação caluniosa por ter mentido em seu relato sobre o envolvimento de um assessor e um ex-assessor de Zambelli. O hacker está detido desde agosto do ano anterior e confessou o crime à Polícia Federal.

Zambelli afirmou que a investigação concluiu que não houve pagamentos dela para Delgatti nem solicitações relacionadas à suposta invasão. Trechos do relatório, divulgados pelo blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, indicam que os valores relatados pelo hacker não estavam ligados ao crime.

A deputada declarou que Delgatti foi contratado para prestar serviços para seu site pessoal e cuidar de suas redes sociais. A Polícia Federal não encontrou trocas de mensagens sobre a invasão nos dispositivos de Zambelli, mas descobriu que pelo menos quatro dos documentos falsos inseridos por Delgatti no sistema do CNJ estavam em posse da deputada.

Zambelli explicou que um desses documentos foi enviado por alguém e ela apenas o baixou para leitura. Ela também apontou que outros pedidos fraudulentos foram incluídos no sistema do CNJ envolvendo pessoas sem relação com ela. A deputada alegou que estão tentando usá-la como bode expiatório, especialmente após seu pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, protocolado na semana passada.

O relatório da Polícia Federal foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se denunciará ou não Zambelli e Delgatti à Justiça.

A defesa de Delgatti, ao G1, afirmou que o indiciamento não foi surpreendente, já que o hacker confessou seu envolvimento no caso e demonstrou colaboração com as investigações.

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