O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um discurso inflamado na Avenida Paulista na tarde deste domingo (25), com críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e negou participação em tramas golpistas. Ele ainda pediu anistia aos presos no ataque de 8 de janeiro de 2023, quando golpistas bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o STF.
Bolsonaro destacou a importância de não permitir abusos por parte de alguns setores, enfatizando que nenhum “mal é eterno” e que o abuso de poder traz insegurança para todos. Ele aproveitou o momento para relembrar episódios de sua gestão, como a facada que sofreu em 2018 e fez um balanço de seu governo.
Também criticou o TSE, argumentando sobre sua inelegibilidade, e o STF, especialmente pelas penas impostas aos envolvidos nos ataques de janeiro de 2023. Ao mesmo tempo, fez ataques ao presidente Lula (PT), embora sem citar o nome do petista.
Um dos pontos mais controversos de seu discurso foi a negação de envolvimento em tramas golpistas. Bolsonaro questionou o que seria considerado um golpe, refutando a ideia de conspiração e defendendo que suas ações estavam respaldadas pela Constituição. Além disso, pediu anistia aos presos de janeiro de 2023, visando “passar uma borracha no passado” e buscar a pacificação.
Investigado
No entanto, o ex-presidente está no centro de uma investigação da Polícia Federal sobre uma suposta trama golpista organizada em 2022 para impedir a posse do presidente Lula. Mensagens e delações apontam para sua participação, o que aumenta a pressão sobre ele.
Essa investigação se baseia em elementos como reuniões de teor golpista e sua suposta contribuição na elaboração de um decreto para fundamentar o golpe de Estado. Com uma série de acusações e investigações pendentes, Bolsonaro enfrenta um cenário político conturbado e está inelegível pelo menos até 2030, segundo decisão do TSE.
Com informações do Diário do RN