Com composição completa de novo depois de cinco meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) ficará desfalcado novamente, no mínimo, daqui a quatro anos. Em 2028, o ministro Luiz Fux irá completar 75 anos no mês de abril. A idade é o limite para que brasileiros possam atuar como ministros do STF, que são aposentados compulsoriamente.
Foi o que aconteceu com a ministra Rosa Weber, que atingiu a idade no ano passado — sua vaga, passa a ser ocupada pelo ex-senador Flávio Dino, empossado nesta quinta-feira (22). Fux, porém, não necessariamente pode ser o próximo ministro a deixar o tribunal. Isso porque qualquer um dos outros dez ministros pode deixar para pedir a Corte antes de atingir a idade-limite para ocupar o cargo.
Ordem de aposentadoria dos ministros do STF:
Luiz Fux: abril de 2028 (indicado por Dilma em 2011)
Cármen Lúcia: abril de 2029 (indicada por Lula em 2006)
Gilmar Mendes: dezembro de 2030 (indicado por FHC em 2002)
Edson Fachin: fevereiro de 2033 (indicado por Dilma em 2015)
Luís Roberto Barroso: março de 2033 (indicado por Dilma em 2013)
Dias Toffoli: novembro de 2042 (indicado por Lula em 2009)
Flávio Dino: abril de 2043 (indicado por Lula em 2023)
Alexandre de Moraes: dezembro de 2043 (indicado por Temer em 2017)
Nunes Marques: maio de 2047 (indicado por Bolsonaro em 2020)
André Mendonça: dezembro de 2047 (indicado por Bolsonaro em 2021)
Cristiano Zanin: novembro de 2050 (indicado por Lula em 2023)
TRAJETÓRIA
Formado em Direito pela UERJ em 1976, começou sua carreira como advogado, trabalhando por dois anos na petrolífera britânica Shell após concurso no Rio de Janeiro. Já em 1978, iniciou na magistratura como promotor estadual de Justiça e curador de fundações no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
Com dedicação e competência reconhecidas, Fux tornou-se juiz no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) em 1982, ocupando também o cargo de juiz eleitoral até 1997. Em seguida, ascendeu ao cargo de desembargador do TJ-RJ, antes de ser indicado como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2001, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 2009, obteve o título de doutor em direito processual civil pela UERJ, onde leciona desde 1995.
Sua trajetória no STJ foi interrompida em 2011, quando foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para integrar o STF. Durante sua gestão, presidiu a Corte Suprema entre 2020 e 2022, deixando um legado significativo. Além disso, entre os anos de 2014 e 2018, Fux atuou como ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desempenhando um papel crucial no sistema eleitoral brasileiro.
Redação, com informações da CNN