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MPDFT quer manutenção da prisão de servidor que vazava informações

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) emitiu uma manifestação defendendo a manutenção do pedido de prisão preventiva e do mandado de busca e apreensão contra Suedney dos Santos, 45 anos, analista do próprio MPDFT.

Santos é apontado como peça-chave na Operação Velho Oeste, liderada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em 20 de dezembro, que desenvolveu um esquema de vazamento de informações sigilosas para uma organização criminosa.

O promotor de Justiça Clayton da Silva Germano, em sua manifestação, reforça a necessidade de manter a prisão preventiva, destacando a recolha das acusações e a importância do servidor para o esquema criminoso desbaratado pela Operação Velho Oeste.

Suedney dos Santos é considerado foragido, e a última tentativa de prisão ocorreu na terça-feira, 26 de dezembro, pela equipe da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), que não conseguiu localizá-lo.

Segundo as investigações da PCDF, a organização criminosa, liderada pelo empresário Ronaldo de Oliveira, contou com a participação estratégica de Suedney. O analista do MPDFT é acusado de vazar informações sigilosas de processos judiciais em troca de propina. A próxima relação entre Santos e Oliveira foi evidenciada por 122 ligações telefônicas identificadas pelos pesquisadores.

ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

O esquema de corrupção investe pagamentos ao analista, iniciado em 2017, com transferências de R$ 3 mil para sua conta. Os valores cresceram, totalizando R$ 20 mil em março de 2018 e mais R$ 140 mil. As transações, segundo a polícia, são realizadas em dados estratégicos relacionados a operações policiais.

A Operação Malandro, que investigou desvios de R$ 1 bilhão por meio de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica de incêndios Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), também revelou que o analista continua a prestar serviços de advocacia ao empresário mesmo após sua prisão, em troca de dinheiro.

As investigações da 18ª DP apontam que Ronaldo de Oliveira, autodenominado “dono de Brazlândia”, desenvolveu um esquema sofisticado para lavar mais de R$ 31 milhões. Um supermercado, utilizado como fachada e registrado em diferentes CNPJs, foi usado para ocultar a origem do dinheiro, dissimulando valores apurados por meio de estelionato contra a administração pública e corrupção de agentes públicos.

A organização criminosa, além de Ronaldo de Oliveira, envolve a participação de companheiras de empresários, filhos, nora e cunhada, conforme apurado pelas investigações da polícia. O MPDFT reforça o seu compromisso com a purificação dos factos e a responsabilização dos envolvidos nesse esquema criminoso.

Redação, com informações do Metrópoles

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