O presidente Lula (PT) se queixa, com maior frequência, de dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), indicados por ele nos primeiros mandatos e que ainda estão no tribunal: José Dias Toffoli e Cármen Lúcia.
As razões são parecidas, e tem a ver com a Lava Jato. Como se sabe, Lula não perdoa Toffoli por não ter deixado que ele participasse do velório de seu irmão Vavá, quando o petista estava preso em Curitiba.
Já o problema com Cármen é que Lula considera que ela se tornou excessivamente lavajatista nos anos em que a operação estava no auge.
A avaliação, já alertaram alguns amigos em comum dele e de Cármen, é injusta. Todos os ministros que estavam no tribunal na ocasião flertaram em algum grau com a operação e, aqui e ali, validaram decisões de Sergio Moro que foram ruins para o PT. Mesmo o ministro hoje mais próximo de Lula, Gilmar Mendes.
Mas interlocutores do presidente neste tema observam que o julgamento de Lula é pouco racional ao falar de Lava Jato, e sublinham que não é coincidência que ele tenha o sentimento de mágoa contra os que foram escolhidos por ele para o STF.
Redação, com informações do Metrópoles