A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante de Cauane Malaquias da Costa, de 19 anos, durante audiência de custódia realizada nesta sexta-feira. A decisão partiu da juíza Priscilla Macuco Ferreira. Cauane havia sido presa na quarta-feira, no Morro do Borel, na Tijuca, acusada de sequestrar o recém-nascido Ravi da Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro.
Em sua decisão, a juíza considerou que o sequestro da criança “trata-se, pois, de delito extremamente grave e, sobretudo, de consequências severas para a genitora e toda a família do infante, o que demonstra a extrema ousadia e periculosidade da custodiada.” A decisão destaca ainda que “a vítima e as testemunhas ainda não prestaram depoimento em sede judicial, de forma que a liberdade da custodiada poderá comprometer a instrução criminal por ameaça, sobretudo porque o crime foi cometido no local de trabalho de muitas das testemunhas do delito.”
Cauane foi presa após uma denúncia anônima. Policiais militares encontraram o recém-nascido na comunidade do Borel, na Tijuca, Zona Norte, ainda na manhã desta quarta-feira. O recém-nascido foi levado da maternidade na madrugada de terça-feira. A suspeita de sequestrar a criança, que foi presa, teria aproveitado o momento em que a mãe do menino cochilou para pegar o bebê e fugir.
Ravi recebeu alta da unidade de saúde no início da tarde de quinta-feira, pouco mais de um dia após ser levado da maternidade. A mãe da criança, a professora Nívea Maria Rabelo Moreira, de 27, deu entrada na unidade no último domingo. A internação da gestante — grávida de 37 semanas — preocupou a família, já que o pequeno Ravi demorava a vir ao mundo. No entanto, dois dias depois, ele nasceu.