A juíza Renata William Rached Catelli, da 21ª Vara Criminal de São Paulo, condenou neste sábado (28) o vereador Adilson Amadeu (União Brasil) a 2 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicial aberto, pelo crime de racismo.
A magistrada determinou ainda que Adilson Amadeu perca sua função pública. Ele pode recorrer.
De acordo com a decisão, o vereador enviou áudio no WhatsApp onde “proferiu palavras preconceituosas aos judeus e divulgou as mensagem de áudio em grupos.”
Um dos trechos do áudio está citado na sentença:
“(…) Que é uma puta duma sem vergonhice, que eles querem que quebra todo mundo, para todo mundo fica na mão, do grupo de quem? Infelizmente também os judeus, quando eu até to até respondendo um processo (…). “
No processo, a defesa do vereador argumentou que ele compartilhou o áudio “com amigos de infância e que o seu alvo nunca foram os judeus, e sim a Administração Púbica Municipal e Estadual, durante a pandemia”.
Os advogados também informaram que foi enviado um pedido de desculpas para a a Federação Israelita de São Paulo, em 27 de abril de 2022.
A condenação foi pelo Artigo 20 da Lei Federal nº 7.716/89 que diz: Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa.