As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) apontam que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada para espionar jornalistas de diversos veículos de imprensa, políticos opositores ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive juízes da Corte.
A agência é alvo de uma ação da PF, deflagrada nesta sexta-feira (20/10), para apurar o uso de um sistema israelense para monitorar celulares dos alvos por meio de sistemas de geolocalização.
As informações sobre os alvos foram reveladas pelo jornal O Globo, e confirmadas pelo Correio, junto a fontes ligadas às investigações.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, sendo 17 no Distrito Federal (Brasília), um em Goiânia (Alexânia), dois em São Paulo (São Paulo e São José dos Campos), dois no Paraná (Curitiba e Maringá), três em Santa Catarina (Florianópolis, São José e Palhoça). Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.
Também foram expedidos dois mandados de prisão preventiva no DF e cinco de afastamento, contra a diretoria da Abin, também no DF. Os diretores afastados estavam no cargo na gestão de Jair Bolsonaro e foram mantidos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.