O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), promoveu palestras em canteiros de obras de Belo Horizonte e Nova Lima, na Região Metropolitana, em parceria com o Serviço Social da Construção Civil (Seconci-MG), nos dias 16, 17 e 18 de agosto.
A ação faz parte do Projeto “Construindo Igualdades” e busca conscientizar trabalhadores do setor sobre violência doméstica e familiar. O evento integra a 24ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, aberta na última quarta-feira (16/8).
Durante os três dias de programação, em quatro canteiros de obras, 260 trabalhadores da construção civil assistiram a palestras de profissionais que lidam diretamente com o combate à violência de gênero. Informações e esclarecimentos sobre prevenção, enfrentamento, acolhimento e identificação de comportamentos de violência foram expostos para o público com uma abordagem didática, inclusive com apresentação de trechos de filmes, além de depoimentos espontâneos de participantes.
O Construindo Igualdades já promoveu 56 palestras em canteiros de obras e empresas da construção civil do Estado desde 2018. Para a coordenadora da Comsiv, desembargadora Evangelina Castilho Duarte, o projeto é mais uma ferramenta crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, em que todas as mulheres possam viver livres do medo e da opressão.
“É essencial que continuemos a aprimorar nossos esforços para garantir a mudança nessa cultura machista e patriarcal e manter o compromisso de erradicar a violência no ambiente familiar”, afirmou a desembargadora.
A supervisora do Seconci-MG, a assistente social Sylvia Helena Costa, ressaltou que a parceria com o TJMG permitiu maior alcance do debate sobre violência doméstica e familiar em espaços da construção civil, o que despertou um olhar das empresas do setor para o tema.
“As empresas já falavam sobre educação, saúde e segurança nos canteiros. Não podemos nos furtar de falar também de um assunto que afeta qualquer público, classe, raça. Colocamos as áreas gerencial e operacional das obras, juntas, para assistir às palestras. Sempre tem alguém que se sente estimulado a dividir uma experiência, a colocar isso para fora”, observou.
Participaram como ministrantes as psicólogas Natália Cristina Borba Silva, Isabella Maria de Almeira Feliciano Silva, Ana Fabrícia Lima Xavier e Camila Messeder Pereira – todas da Casa da Mulher Mineira; e a assistente social Gesiene Cordeiro, do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).