“Não está descartada a delação premiada”, afirmou o advogado de Walter Delgatti, Ariovaldo Moreira, nesta sexta-feira (18), ao chegar com o hacker à Polícia Federal (PF) para prestar depoimento pela segunda vez na semana, após omitir informações no primeiro depoimento à própria PF, na quarta (16).
O advogado de Delgatti explicou que vai avaliar os questionamentos da PF para instruir como o hacker responderá as perguntas ou se ficará em silêncio. Moreira alegou que “não sabe qual é a intenção da autoridade policial” nesta nova convocação do hacker.
Segundo o advogado, “Walter já deu todos os esclarecimentos. Todos”.
Ao ser questionado se Delgatti tinha provas dos encontros com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Moreira afirmou que “não há dúvidas que Walter esteve com Jair Bolsonaro. Na data de ontem [quinta-feira (17/8)], o filho de Bolsonaro confessou isso”, declarou.
Ele contou que, com auxílio das câmeras do Ministério da Justiça, as provas das visitas “vão aparecer”.
O hacker Walter Delgatti é investigado pela suposta inserção de dados falsos sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
CELULAR NO MODO AVIÃO
Ariovaldo Moreira afirmou ainda que o hacker não tem gravações das conversas e das supostas ordens dadas pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a respeito de fraude eleitoral, porque foi instruído por um motorista de Carla Zambelli a deixar o telefone de chip recém-comprado no modo avião.
Moreira diz que, por este motivo, o hacker não consegue provar os diálogos com o ex-presidente.
Redação, com informações do Metrópoles