A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária de Edson Alves Viana Junior, de 26 anos, preso na quarta-feira (16) escondido em uma comunidade da Zona Oeste do Rio.
Ele é o terceiro suspeito pela morte da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos – encontrada morta e carbonizada no dia 11 de agosto. Edson atuou junto com a irmã Paula Custódio Vasconcelos e com a sobrinha de 14 anos no sequestro, extorsão, tortura e morte de Vitória.
Policiais da 35ª DP, em Campo Grande, encontraram Edson na comunidade, o prenderam e o levaram para a delegacia onde confessou o crime e deu detalhes de como a ação se deu.
Ele contou que a irmã Paula estava insatisfeita com o fim do namoro da professora com sua filha, e com o fim da ajuda financeira que recebia de Vitória.
Disse que foi com ela até a escola em que Vitória dava aulas tirar satisfação, combinou o encontro com ela, e que Paula já tinha intenção de matar Vitória, uma vez que separou uma mala logo após o encontro e disse que “a usaria para despachar a professora”.
Edson contou que eles amarraram Vitória assim que ela chegou na casa de Paula, fizeram Pix da conta da professora, que Paula e a sobrinha menor de idade foram até a casa da professora recolher objetos de valor, da tentativa de sequestro-relâmpago que tentaram aplicar na mãe de Vitória e, por fim, da morte da professora por enforcamento e a queima de seu corpo em um lugar da comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará.
Em um trecho do depoimento, Edson contou que, após colocarem fogo no corpo da professora, ele e a irmã foram a um caixa eletrônico sacar dinheiro da vítima, conseguindo R$ 1, 2 mil, e Paula começou a fazer contato com algumas pessoas para tentar vender o carro da professora.
O depoimento de Edson também serviu para incluir a sobrinha de 14 anos na cena do crime. Segundo ele, a menina ajudou a amarrar Vitória, quando ela chegou à casa da família e foi à casa da professora com a mãe para pegar pertences da ex-namorada.
Segundo ele, a menor só não participou do momento do enforcamento da professora, mas assistiu.
“Eles foram muito cruéis, o que demonstra a periculosidade deles”, disse o delegado Vilson de Almeida, titular da 35ª DP, e que pediu a prisão temporária de Edson.
Com a prisão temporária, Edson ficará por até 30 dias preso – tempo para a conclusão do inquérito policial ou pedido da prisão preventiva – a que não tem prazo para expirar.