A Justiça de São Paulo tornou réu e decretou a prisão preventiva do torcedor do Flamengo suspeito de ter provocado a morte de Gabriela Anelli, palmeirense de 23 anos que morreu após ser atingida por estilhaços de garrafa de vidro no início do mês passado.
A 5ª Vara do Júri da capital recebeu a denúncia do Ministério Público nesta segunda-feira (14). Jonathan Messias Santos da Silva estava preso temporariamente desde 25 de julho.
Em nota, o advogado de Jonathan informou que, no prazo legal, vai recorrer da decisão. “Vamos apresentar a defesa e o pedido de revogação! Já apresentamos na semana passada um [pedido de] habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo”, afirmou José Victor Moraes Barros.
A juíza do Marcela Sant’Anna justificou a decisão afirmando que a “prisão do acusado é imprescindível para a garantia da ordem pública e para a futura aplicação da lei penal. Isso porque se trata de crime grave, hediondo, praticado antes de uma partida de futebol e motivado por ódio à torcida adversária, o que evidencia o concreto potencial ofensivo do acusado”.
“A conduta do réu, de atirar deliberadamente uma garrafa de vidro na direção de outras pessoas apenas porque torcem para outro time que não o seu, demonstra que possui personalidade violenta e deturpada, voltada à prática de crimes, merecendo ser segregado do meio social. O modus operandi adotado pelo réu revela sua agressividade latente e indica que, em liberdade, representa risco real à ordem pública, já abalada pelo grave crime que cometeu”, completou.
A magistrada apontou ainda que o suspeito “continuou a exercer suas atividades rotineiras, deixando de se apresentar às autoridades, preferindo acreditar que jamais seria identificado”. “Apostou na impunidade”, destacou ela.