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Depoimento de servidor à PF desmente conclusão do Exército sobre 8/1

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

jurinews.com.br

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O depoimento de um servidor da Polícia Federal que trabalhava no Planalto e presenciou a invasão dos golpistas bolsonaristas no 8 de Janeiro desmente a conclusão de um inquérito militar que isentou as tropas de responsabilidade nos atos golpistas.

O servidor narrou diversos momentos em que soldados do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), do Exército, confraternizaram com os invasores e agiram pacificamente.

O depoimento foi dado à PF em 11 de janeiro, três dias após o Planalto ser depredado. O funcionário trabalhava na Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial, que foi desfeita após a função ser delegada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Nesta segunda-feira (31), um inquérito policial militar aberto pelo Exército para investigar militares encarregados da segurança do Planalto apontou “indícios de responsabilidade” do GSI, como informou a repórter Thaísa Oliveira.

“Os militares estavam com equipamento antidistúrbio civil, mas não empregavam qualquer ação em face dos invasores. Alguns manifestantes estavam sentados em cadeiras, outros entravam e saíam do local [Planalto] tranquilamente, enquanto a tropa do BGP assistia a tudo pacificamente. Os manifestantes entravam e saíam do palácio, subiam e desciam os andares livremente”, afirmou o funcionário.

Ele disse ainda que, “a segurança do Planalto estava desmobilizada naquele dia, não havendo comando ou preparo dos militares no local. Os militares com os escudos apenas ficavam parados e outros militares, fardados ou com coletes do GSI, circulavam pelo local, conversavam com os manifestantes”.

MILITARES PASSIVOS

Em outro trecho, o funcionário afirmou à Polícia Federal que ele mesmo ficou indignado com a passividade dos militares do Exército e passou a gritar para que os soldados tomassem alguma atitude contra os extremistas. Foi ignorado.

Esse relato é reforçado por diversos vídeos da invasão do Planalto. Em um deles, como mostrou a coluna, um comandante da Polícia Militar do DF deu 10 ordens em 40 segundos aos soldados do Exército. “Comanda a tua tropa, porra!”, berrou para o chefe do batalhão militar, que permaneceu apático.

Redação, com informações do Metrópoles

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