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Zambelli vai à Justiça contra homem negro perseguido por ela com arma

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) resolveu processar, por calúnia, o jornalista Luan Araújo, perseguido por ela com uma arma em punho em 29 de outubro do ano passado, em São Paulo (SP). O caso aconteceu um dia antes do segundo turno da eleição presidencial.

A queixa-crime de Zambelli foi protocolada na quarta-feira (26). No documento, ela critica um texto publicado por Luan no site Diário do Centro do Mundo em maio deste ano. O jornalista afirma, na publicação, que acumula problemas de saúde desde o episódio e sofre com sintomas de pânico. A defesa da deputada, por sua vez, alega que o caso gerou traumas a todos os envolvidos. As informações são da Veja.

Na sexta-feira (28), o juiz Fabricio Reali Zia, Vara do Juizado Especial Criminal de São Paulo, solicitou uma audiência com as partes citadas, mas determinou a remoção do artigo de Luan. O prazo para a exclusão do conteúdo é de 48 horas, contadas a partir da notificação do jornalista.

“Não há explicação para o tom de suas palavras. Não há dúvida que os episódios vivenciados pelas partes tenham sido traumatizantes e tenham gerado consequências para o próprio querelado, como narrou em sua coluna. Contudo, as consequências não foram diferentes para a querelante, que sofreu danos de imagem, além de repercussões políticas, profissionais, judiciais e, principalmente, pessoais”, aponta trecho da representação de Zambelli.

Em seu texto, Luan diz que, apesar da perseguição com arma em punho, Zambelli, que diz “está na crista da onda”. “(A deputada) continua no partido pelo qual foi eleita, segue com uma seita de doentes de extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades”, critica o jornalista.

Ele, então, prossegue falando dos problemas que o episódio lhe causou. “Para mim, um homem preto, pobre e com problemas enormes, aquele dia não acabou. Ele faz questão de durar dias e mais dias até hoje. De uma forma cruel. Para ela, uma mulher branca com conexões com pessoas poderosas, foi apenas mais um espaço para fazer o picadeiro clássico de uma extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”.

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