O advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem foi considerado culpado por tentativa de homicídio duplamente qualificado, sendo motivado por motivo fútil e utilizando meios que impediram a defesa da vítima, ao atropelar a funcionária pública Tatiana Matsunaga após um desentendimento no trânsito.
O crime aconteceu em 2021, em via pública, nas proximidades da residência da vítima. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o réu seguiu Tatiana até sua casa após uma discussão no trânsito, agindo com o intuito de causar a morte dela.
Diante do marido e filho da vítima, ele a atropelou, assumindo os riscos, e, em seguida, passou com o carro por cima da mulher, que sofreu lesões graves. Contudo, ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao hospital para receber cuidados médicos.
No processo do julgamento, além da vítima e do réu, nove testemunhas prestaram depoimento no Plenário. Dentre eles, havia dois peritos criminais da Polícia Civil do DF e um especialista particular contratado pela defesa do acusado.
O réu esteve detido desde o momento dos acontecimentos e seus vários pedidos de habeas corpus foram rejeitados pela Justiça. A prisão foi mantida sob a justificativa da Juíza Presidente do Tribunal do Júri, “não há fato novo que justifique a superação das premissas que determinaram a custódia cautelar; pelo contrário, a condenação reforça seus fundamentos”.
Paulo recebeu sua sentença pela Juíza Presidente do Tribunal do Júri de Brasília, em concordância com o veredito proferido pelo júri popular. Ele foi condenado a 11 anos de reclusão, em regime fechado.