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“Militar que vai para a política tem que deixar as Forças Armadas”, diz presidente do STM

Presidente do Superior Tribunal Militar (STM), o tenente-brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo. Foto: Agência Senado/Geraldo Magela

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“Militar não é para estar em funções políticas. Os militares têm uma atividade muito específica, dentro das Forças Armadas. Compete às Forças Armadas a defesa da pátria, garantir os poderes constitucionais e, por iniciativa deste, a garantia da lei e da ordem, a paz social do país”, afirmou o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), tenente-brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo.

Ele defendeu, entretanto, que os militares tenham representantes na política, mas desde que deixem as Forças Armadas. “Militares que queiram ir para a política têm que se afastar. Não é ruim que um militar vá para a política, desde que seja afastado, porque é bom que tenhamos representantes no Congresso Nacional, mas não concordo que ele permaneça [nas Forças Armadas]”, diz.

O presidente do STM comentou as investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando extremistas defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), insatisfeitos com o resultado da eleição presidencial de 2022, invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. “Aqueles locais não estavam sujeitos à administração militar, então foi um crime comum, por isso está sendo julgado pela Justiça comum”.

E elogiou a atuação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. “Ele teve realmente uma responsabilidade muito grande em todo o período eleitoral. Ele é presidente do TSE, tomou atitudes corajosas, mas esteve sempre dentro da lei. ‘Ah, o Xandão fez isso e tal’. Eu vejo que ele tem tomado atitudes corajosas em momentos difíceis que nós passamos no nosso país, vejo o ministro como realmente um grande jurista e não vejo essas incorreções que tanto falam dele. Tem sido corajoso”, afirmou.

Redação, com informações do Correio Braziliense

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