O juiz Guilherme Valente, titular da 2ª Vara da Comarca de Lago da Pedra, presidiu duas sessões do Tribunal do Júri na última semana. No primeiro júri da semana, realizado dia 5 de junho, o réu foi José Ferreira Silva. Ele estava sendo acusado de prática de crime de feminicídio, que teve como vítima Deusita Conceição de Oliveira. Ao final da sessão, o conselho de sentença decidiu que José Ferreira é culpado. Ele recebeu a pena de 21 anos de reclusão, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.
Narrou a denúncia deste caso que, em 5 de outubro de 1996, o denunciado teria assassinado, com uma facada, Deusita Conceição. Conforme apurado pela polícia durante a produção do inquérito, Deusita seria ex-amante de José e o crime teria sido motivado por fortes ciúmes que o réu sentia pela vítima. Seguiu relatando que, na data citada, José viu Deusita conversando com o namorado dela, na porta de uma vizinha.
Ato contínuo, o denunciado, armado com uma faca, teria partido para cima dos dois, sendo que o namorado da mulher correu para a rua. Contrariamente, Deusita correu para dentro da casa, sendo perseguida por José. De repente, viu-se encurralada em uma cerca, instante em que o denunciado teria desferido sete golpes de faca na mulher.
CRIMES EM SÉRIE
No outro julgamento realizado pela unidade judicial, no dia 6 de junho, o réu foi Marcelo Santana Sobreira. Ele estava sendo acusado de ser cúmplice da prática de crime de homicídio, que teve como vítimas Sirlândia Castelo de Souza e Francisco Castelo de Souza, irmão de Sirlândia. Na prática do delito, o réu teve a companhia de Luann Peterson Pereira dos Santos. Na mesma empreitada criminosa, os dois tentaram contra a vida de Kauan Castelo de Souza, filho de Sirlândia, e José Maciel do Nascimento, companheiro de Sirlândia. Marcelo foi considerado culpado pelo conselho de sentença e recebeu a pena de 51 anos de prisão.
Narrou a denúncia do caso que, em 30 de janeiro de 2021, dois homens, identificados como sendo Luann Peterson e Vitor Hugo Mendes, mediante emboscada e por motivo fútil, no Bar da Morena, de propriedade de Sirlândia, teriam cometido os crimes. Destacou que os dois homens adentraram no bar e pediram uma dose de cachaça. Ato contínuo, e aparentemente sem nada dizerem, atiraram em Sirlândia e nas outras vítimas. Enquanto o ato criminoso acontecia, Marcelo Santana aguardava os homens em um veículo, com o objetivo de possibilitar a fuga dos mesmos.
Segundo constou no inquérito policial, Marcelo seria, ainda, o mandante dos crimes. As investigações apuraram, também, que os crimes seriam motivados por eventuais disputas relacionadas ao tráfico de drogas. Tudo levou a crer que os autores teriam forte influência no comércio e na distribuição de drogas na cidade de Santa Inês e em Bom Lugar.
Redação Jurinews, com informações do TJ-MA