A Justiça de São Paulo determinou a penhora da Arena do Grêmio em uma decisão proferida nesta terça-feira. A juíza Adriana Cardoso dos Reis acatou o pedido do Banco Santander, Banrisul e Banco do Brasil, que foram financiadores na construção do estádio. O Grêmio está analisando tecnicamente a questão antes de se posicionar oficialmente.
A Arena Porto Alegrense, empresa responsável pela administração do estádio, afirmou que a penhora é um “procedimento técnico inerente ao processo” e que, como imóvel, a Arena só pode responder por 8% da dívida de acordo com o contrato. A informação foi divulgada pelo colunista Jocimar Farina, do GZH, e confirmada pelo portal ge.
A ação movida pelos bancos menciona a Arena Porto Alegrense, a Karagounis (empresa controlada por um fundo de investimentos imobiliários ligados à Caxias) e a OAS Empreendimentos. O ge entrou em contato com as outras partes envolvidas e aguarda posicionamento para atualizar a matéria.
A dívida total é de R$ 226 milhões. A decisão da juíza menciona não apenas o imóvel, mas também o direito de superfície. No entanto, cabe recurso. Os três bancos financiaram R$ 210 milhões na construção da Arena do Grêmio, mas apenas R$ 66 milhões foram pagos até o momento.
Os bancos vêm cobrando o pagamento da dívida desde 2022. O Grêmio ainda não realizou a troca de chaves com as empresas, portanto, ainda detém a área do Estádio Olímpico e não a da Arena do Grêmio, que estava alienada como garantia para os financiadores.
Essa questão em torno da troca também gerou impasses com a Prefeitura de Porto Alegre, que deseja que as obras planejadas para a área do Olímpico sejam concretizadas. Além disso, o Ministério Público gaúcho está cobrando da OAS e da Karagounis a execução das obras previstas no contrato nos arredores da Arena.