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Julgamento conclui que réu é coautor em homicídio de advogado em Belém

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Em 2017, Arnaldo Lopes de Paula, 39 anos, estava saindo da casa de sua mãe quando foi abordado por Jonny Kleiber de Almeida Santos, 50 anos. Jonny disparou cinco tiros contra a vítima, que faleceu três dias depois em um hospital. Além disso, a arma do crime foi identificada como uma pistola ponto 40, armamento privativo das forças de segurança.

A investigação policial concluiu que a motivação do crime foi a disputa pela presidência da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado do Pará (ASPRA-PM), criada a partir de uma sociedade entre o advogado Arnaldo Lopes e o acusado de mandante do crime Rosicley Ribeiro da Silva.

A decisão do júri aceitou a acusação apresentada pelo promotor de justiça Samir Dahás Jorge, que sustentou a tese de que o réu foi coautor do homicídio, porém com um papel menor. Segundo a acusação, o réu forneceu apoio logístico ao crime, fornecendo dados sobre o veículo da vítima e disponibilizando um automóvel de sua propriedade para a fuga dos executores.

Durante o julgamento, foram ouvidos o delegado José Rollo, responsável pelo caso, e o investigador de polícia Hilário Damasceno, além da viúva da vítima, que relatou as circunstâncias do crime, e outras duas testemunhas. A defesa do réu trouxe cinco testemunhas, incluindo um corretor de venda de veículos, que afirmou ter vendido o automóvel para terceiros, mas não apresentou provas ou o nome do comprador.

Segundo a promotoria, a vítima, um “advogado com futuro promissor”, foi morto em decorrência de suas atividades na advocacia paraense.

Durante o interrogatório, o réu recusou qualquer envolvimento no crime e afirmou que as ligações feitas para o mandante eram para levar sua neta à casa do patrão ou para comprar peças para o empresário, no transporte de castanhas, cacau ou equipamentos de aparelhagem.

O réu alegou também que costumava deixar seu telefone na empresa e que outras pessoas poderiam fazer ligações usando o aparelho. Seguindo a orientação de seus advogados, o acusado optou por permanecer parcialmente em silêncio, não respondendo às perguntas da acusação, mas apenas às do juiz, de seus próprios advogados e dos jurados.

Com isso, os jurados da 4ª Vara do Júri da capital, no Fórum de Belém, reconheceram, por maioria de votos, que Jonny foi coautor no homicídio simples que vitimou o advogado Arnaldo Lopes em frente da casa da mãe dele.

A sentença inicial de 9 anos de prisão para o réu foi reduzida em 2 anos devido ao reconhecimento dos jurados que ele teve uma menor participação no crime. Foi aplicada a detração pelo tempo que o acusado permaneceu preso, ou seja, 2 anos, um mês e três dias, restando 3 anos, 10 meses e 27 dias a serem cumpridos em regime aberto.

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