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Membros do PCC e do CV atuantes no DF são denunciados pelo MP

jurinews.com.br

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia contra 12 indivíduos ligados às facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), que foram presos durante a operação Sicário conduzida pela 18ª Delegacia de Polícia de Brazlândia. Os acusados enfrentam acusações de participação em organização criminosa.

Conforme relatado na denúncia, os membros do PCC estão envolvidos em crimes de roubo, tráfico de drogas e homicídios, enquanto os integrantes do CV atuam principalmente em roubos e receptação. Os indivíduos denunciados são: Guilherme dos Santos Brito, Deivisson Gonçalves de Almeida (conhecido como Dentinho), Jocélio Ribeiro dos Anjos (JC ou Jotinha), Gustavo Alves da Silva (Voizinha), Ítalo Custódio da Cruz (Veinho), João Victor Miranda Cândido (Mikinhas), Ismael Fernando de Carvalho Correa (Nego), Danúbio de Jesus Gomes (UBA), Jocimar Ferreira Duque (Munrá), Emilly Aparecida Soares (Galega) e Dina Mariana Pereira da Silva.

A segunda fase da operação Sicário foi realizada em 29 de maio e resultou na prisão de 11 membros do PCC e um do CV. Na primeira etapa da operação, a Polícia Civil do Distrito Federal rastreou Gabriel dos Santos Lima, membro da organização criminosa paulista. Gabriel é filho de Walter Pereira de Lima, também integrante do PCC e atualmente detido no Complexo Penitenciário da Papuda. Walter é acusado de transmitir mensagens da facção para o mundo exterior e de ameaçar sequestrar a família da juíza da Vara de Execuções Penais (VEP), Leila Cury.

As investigações constataram que, entre 2008 e 2016, ocorreram vários homicídios relacionados a disputas territoriais entre gangues de Brazlândia pelo controle do tráfico de drogas. Descobriu-se que, em geral, os assassinatos eram ordenados por grandes traficantes, que recrutavam pessoas para executar os crimes. Esse cenário de violência permitiu que a polícia chegasse aos líderes dessas organizações.

Walter Pereira foi responsável por batizar seu filho para ingressar na facção. Conhecido como “Waltinho”, ele foi condenado a mais de 58 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, roubos, porte ilegal de armas de fogo e participação em organização criminosa. Ex-membro do Comboio do Cão (CDC), facção fundada no Distrito Federal, Walter está envolvido em uma série de crimes relacionados ao PCC. Em 2015, seu grupo foi responsável por pelo menos 22 explosões de caixas eletrônicos no DF. No mesmo ano, ele e sua esposa (também membro do PCC), conhecida como “Rapunzel”, foram detidos com um total de 39 explosivos.

Após sua prisão, Walter começou a articular formas de

transmitir mensagens para criminosos em liberdade. Seu filho Gabriel foi incumbido de recrutar e batizar novos membros para a facção. Em uma conversa capturada pela polícia em 2022, Gabriel menciona que seu pai “o colocou em uma facção”. O pai também lhe deu outras ordens, como atacar policiais e incendiar ônibus na cidade. O objetivo era gerar pânico e atacar grupos rivais.

Esse criminoso altamente perigoso também esteve envolvido na transmissão de mensagens ameaçadoras a um delegado da Polícia Civil e à juíza da VEP. Em um manuscrito, Walter ordenou o sequestro de um membro da família da magistrada na tentativa de coagi-la a emitir alvarás de soltura para detentos.

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